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26 de Abril de 2024
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    Denunciados exploradores de travestis em Copacabana

    O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro ofereceu, hoje (11/09), denúncia, com pedido de prisão preventiva, contra seis suspeitos de integrar uma quadrilha que explorava sexualmente travestis em Copacabana. A denúncia da Promotora Ana Lúcia Melo, da 25ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos, pede ao Juízo da 35ª Vara Criminal da Capital a condenação dos acusados pelos crimes de rufianismo, tráfico interno de pessoas para fins de exploração sexual e submissão de criança ou adolescente à prática da exploração sexual.

    Cinco integrantes da quadrilha foram presos temporariamente no dia 8/09, durante a operação "Babilônia II"(o prazo da prisão termina amanhã, 12/09). A denúncia, oferecida na data de hoje, acrescenta ao rol de suspeitos o nome de Maria Pimentel de Oliveira, conhecida como "Pimentel" , cuja ligação com a quadrilha foi descoberta após a prisão dos demais acusados. "Pimentel ", que já controlava uma parte dos pontos de prostituição de travestis compreendidos entre a antiga boate Help e a Praça do Lido, está em liberdade e vem assumindo os pontos antes explorados pelos chefes da quadrilha, identificados como Ulisses Menezes da Motta, o "Iarley" , e Cláudio dos Santos Magalhães, o "Boró ". Ambos estavam em liberdade condicional.

    A quadrilha operava desde agosto de 2002 e, segundo a denúncia, “tinha total controle de toda a prostituição feita por travestis em Copacabana”, exigindo mediante grave ameaça o pagamento de R$ 50 a R$ 150 por semana, em troca da "autorização" para se prostituir em via pública no bairro. No caso de descumprimento das regras impostas, cobravam "multa"de R$ 500 a R$ 1.000. O dinheiro, como ficou comprovado pelas interceptações telefônicas autorizadas judicialmente, era recolhido pelos denunciados Leonardo Silva Costa, o "Graciele" , Rafael de Almeida, o "Rafaela ", e Eliane da Silva, a "Lia".

    “Pimentel” atuava com "autorização"de Ulisses e Cláudio e cobrava valores diferenciados - por volta de R$ 30 por dia ou R$ 420 por semana. O grupo explorava entre 60 e 120 travestis, dependendo da época do ano. Entre as vítimas da exploração sexual havia vários adolescentes, um deles com 13 anos de idade. Os três denunciados traziam travestis sobretudo de Minas Gerais e São Paulo. Eles eram alojados em um apartamento na Avenida Princesa Isabel e tinham de pagar entre R$ 10 e R$ 30 pelas "vagas".

    “Os crimes praticados por esse grupo criminoso são graves na medida em que impõem terror no bairro de Copacabana, visto serem conhecidos por sua violência e brutalidade, em especial os dois primeiros (Ulisses e Cláudio), tendo, inclusive, graves antecedentes criminais”, afirma, na denúncia, a Promotora Ana Lúcia Melo.

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