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23 de Abril de 2024
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    MP fecha clínica de aborto em Madureira

    Uma ação do Ministério Público do Rio de Janeiro com auxílio de agentes do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) fechou, na manhã desta sexta-feira (20/04), uma clínica de aborto, em Madureira. Dois médicos e quatros auxiliares de enfermagem foram presos em flagrante. A incursão, motivada por uma denúncia anônima ao telefone 127 da Ouvidoria do MP, aconteceu na hora em que duas menores se preparavam para sofrer uma intervenção cirúrgica. Os envolvidos foram levados para a 28ª DP (Campinho), assim como outras 20 pessoas que aguardavam atendimento.

    A denúncia, feita no dia 28 de março, foi encaminhada ao GAP da Barra da Tijuca. Durante a investigação, os agentes do Grupo de Apoio aos Promotores encontraram o pai de uma jovem que morreu na clínica após realizar o aborto. A descoberta reforçou a denúncia e o pedido de busca e apreensão foi feito junto à 3ª Vara Criminal.

    Com a expedição do mandado, os agentes do GAP e a 18ª Promotoria de Investigação Penal (PIP), que tem atribuição sobre a região onde está a clínica, montaram a operação que nessa manhã fechou a casa de aborto, localizada na rua Doutor Joviniano, transversal à avenida Edgard Romero, em Madureira.

    O denunciante informou que a fachada do local anunciava tratamento ginecológico e que as condições de higiene nas instalações eram precárias. Segundo a denúncia, os médicos da clínica cobravam, em média, R$ 400 para a cirurgia e realizavam o aborto até o terceiro mês de gravidez.

    Na clínica foram encontradas anotações com o nome e o telefone de um delegado da Polícia Civil e de outras pessoas, ainda não identificadas, que supostamente receberiam propina mensal para não denunciar os serviços clandestinos. Os valores variam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil. O Ministério Público encontrou, ainda, indícios de que policiais do Serviço Reservado de um batalhão da PM também seriam subornados.

    O ouvidor do Ministério Público, promotor Sérgio Azeredo, explica que, assim que a denúncia chegou à Ouvidoria, foi encaminhada à 1ª Central de Inquéritos, que a distribuiu à 18ª PIP.

    ``O resultado dessa operação mostra a importância que a Ouvidoria tem para a sociedade``, reforça Azeredo, acrescentando que as denúncias também podem ser feitas pelo site do Ministério Público (www.mp.rj.gov.br) ou diretamente no balcão da Ouvidoria, no subsolo do prédio do MP (Avenida Marechal Câmara 370, Centro do Rio).

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    Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/noticias/mp-fecha-clinica-de-aborto-em-madureira/128871

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